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“Todo útero preto se contorceu”, diz atriz que viveu mãe de Miguel na Globo

Vencedora do prêmio APCA 2020 na categoria de melhor atriz, Tatiana Tiburcio viu seu trabalho no, especial “Falas Negras”, exibido pela Globo em novembro, ser reconhecido por público e crítica.

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"Todo útero preto se contorceu", diz atriz que viveu mãe de Miguel na Globo
Atriz interpretou Chica, na novela Sol Nascente, de 2016 a 2017 Imagem: Globo/João Miguel Júnior

Vencedora do prêmio APCA 2020 na categoria de melhor atriz, Tatiana Tiburcio viu seu trabalho no, especial “Falas Negras”, exibido pela Globo em novembro, ser reconhecido por público e crítica. Ela interpretou a empregada doméstica Mirtes Renata Santana de Souza, a mãe de Miguel, de 5 anos, que caiu do alto de um prédio no Recife, em junho do ano passado, após a patroa de Mirtes, Sari Mariana Gaspar Corte Real ter deixado o menino sozinho dentro de um elevador. “Todo útero preto se contorceu com a notícia”, diz a atriz.

Depois de as cenas irem ao ar, famosos e anônimos foram às redes sociais para parabenizar Tatiana, uma atriz que carrega em sua história os aprendizados daqueles que abriram caminho para a dramaturgia feita por pessoas negras, como Ruth de Souza, Zezé Motta, Neuza Borges, Milton Gonçalves.

O APCA é um prêmio entregue pela Associação Paulista de Críticos de Arte. Tatiana dividiu a premiação de melhor atriz com Camila Morgado, pela série da Netflix “Bom Dia, Verônica“. Antes dela, a última mulher negra premiada havia sido Camila Pitanga, em 2007, pela novela Paraíso Tropical.

“A mudança não vem fácil e, quando vem, mesmo que em pequenos formatos, é preciso comemorar. Ainda assim, não vamos parar de insistir para que ela aconteça de forma plena, total e verdadeiramente igualitária e justa”, diz Tatiana nesta entrevista para Universa. Leia os principais trechos:

UNIVERSA – Como você se preparou para interpretar a dona Mirtes?

TATIANA TIBURCIO – Isso é um pouco do que a gente deve saber fazer como ator. E na compreensão do trabalho, foi consenso entre eu e o Lazinho [o diretor Lázaro Ramos] que os atores compreendessem que não tinham que representar ipsi litteris aquelas personalidades. O que nos interessava era o discurso daquelas pessoas, mais do que a fala, porque o discurso carrega um pensamento, um desejo de transformação. A técnica do ator já está em nós, é como o médico que não precisa parar pra pensar na posição do bisturi. Nossa construção partiu daí e cada um achou seu ponto.

Como você soube da notícia da morte de Miguel?

Soube do que tinha acontecido com o Miguelzinho um dia depois. Quando fiquei sabendo, foi uma coisa absurda, porque chorei pelo Miguel não como se ele fosse meu filho, mas como todos nós devemos chorar pelas vidas negras. E não porque vidas negras são melhores, mas porque são as que mais caem. Todo útero preto se contorceu com aquela situação.

A violência em relação ao corpo negro é tão banalizada, que a gente chega a ter que verbalizar que já se acostumou com elas. Não por se acomodar, mas para criar certa blindagem, para não morrer junto em cada corpo que cai.

Quando acontece uma invasão em comunidade, por exemplo, arranjam a desculpa de que “é o bandido”. O que, no fundo, é racismo. No caso do Miguel, não tinha desculpa. Ele sofreu a indiferença. Foi forte. Mas, como a morte de George Floyd, a gente vê como elas mudaram o mundo.

Você conheceu a Mirtes?

Tempos depois do caso, a atriz Ju Colombo me chamou para participar de uma campanha de camisetas com frases que a Mirtes disse. Durante muito tempo, eu não conseguia falar sobre o caso, nem ver as imagens. Foi difícil, mas, claro, não mais do que foi para ela. Tive contato com ela, nos falamos por áudio. Eu ia fazer só a preparação do elenco, achei que era muita responsabilidade fazer interpretação e preparação.

Você ganhou o prêmio APCA de Melhor Atriz 2020. A última negra a ganhar nessa categoria havia sido a Camila Pitanga, há 14 anos.

Isso mostra de forma incontestável a falta de oportunidade para atores negros, a invisibilidade do artista negro e, por consequência, do sujeito negro. Por outro lado, mostra a necessidade de mudanças. As pessoas abriram o olhar para além daquilo que está sempre estabelecido como parâmetro. Que bom que o véu caiu dos olhos. Comemoro o ineditismo, mas fico surpresa, as duas coisas acontecem ao mesmo tempo. A mudança não vem fácil e, quando vem, mesmo que em pequenos formatos, é preciso comemorar. Ainda assim, não vamos parar de insistir para que ela aconteça de forma plena, total e verdadeiramente igualitária e justa.

Como sua história de vida se assemelha às das mulheres negras do país?

Foi um processo que a grande maioria de nós viveu. Primeiro, você fica dentro do espaço que foi determinado, aceitando padrões como verdade, sem ter consciência do que está acontecendo. Achando normal não se ver representado, não se achar bonito. Achando normal não existir, apesar de estar existindo. Mas isso tem consequência danosa, que é colocar a responsabilidade disso sobre si. É passar química no cabelo, trocar o jeito de se vestir. Só que isso é um problema que não é seu e nem foi criado por você.

Eu tive a sorte de ir encontrando pessoas pelo caminho que me ajudaram a tirar o véu, que não está só nos olhos do sujeito branco, está nos olhos de todos. Aliás, construção de um caminho identitário é o grande ganho dessa mudança de percurso.

Como foi o começo da sua carreira? E como ela te ajudou nessa construção?

Eu começo pelo teatro. Me formei numa escola essencialmente teatral, a Martins Pena, a mais antiga escola teatral da América Latina, no Centro do Rio de Janeiro. No teatro, eu aprendi que era gente. Foi o lugar que me acolheu como sujeito e como artista. Acontece que minha mãe começou a fazer teatro quando se separou do primeiro casamento e eu a acompanhava. Ela era divertida, não respeitava as marcas, tinha a plateia na mão sempre. Eu fazia algumas pequenas participações.

Com uns 10 anos, o bichinho do teatro me mordeu. Aos 16, fui fazer a prova para as aulas da Martins Pena escondida. Morava em São Gonçalo e fui para o Rio. Então, minha mãe viu que eu queria e me colocou em um curso em Niterói, onde tenho amigos até hoje. Nesse curso, eu ainda não fazia personagens que tivessem minha cara, porque o que a gente fazia era interpretar cena da série “A comédia da vida privada”. A diversão era essa. Quando entrei na Martins Pena, o teatro me salvou, porque lá tinha todo tipo de gente, negro, branco, nordestino, pobre e rico, o que de fato representa nosso país.

Seu nome aparece muito ligado ao da atriz Ruth de Souza. De onde vem essa conexão?

Ai, dá um aperto no peito. Quando eu tinha 13 anos, vi uma cena da Ruth fazendo o filme Sinhá Moça. O olhar daquela mulher me prendeu de uma maneira absurda, eu nem fazia ideia das coisas profundas do teatro, mas eu parei para ver. Já tinha pôster da atriz Iléa Ferraz ao lado do New Kids On the Block, então colei lá uma foto da dona Ruth que peguei. Pensava em “vai que…” sobre um dia eu ser atriz como ela. Mas nem conseguia formular a frase.

Quando entrei para a Companhia dos Comuns, o nome dela e de Abdias do Nascimento estavam o tempo todo como referência, por causa do Teatro Experimental do Negro. Então, me chamaram para fazer a novela Sinhá Moça, na TV Globo, e me disseram que eu teria uma sogra. Estava no camarim, em uma gravação externa, quando ela aparece, Ruth de Souza. Era uma lady, sorridente. Me deu bom dia e eu nem consegui responder porque estava congelada.

Ficamos amigas, ela me ensinou muito, adorava contar a própria história e me deu o start para um projeto de ciclo de leitura dramatizada, o Negro olhar. Íamos para o palco para fazer esboços de encenação, e isso estava muito em alta. Ela foi uma grande madrinha, porque ela ligava para os mais velhos e para falar de mim. Me apresentou a Leia Garcia.

Ruth de Souza foi uma das primeiras a indicar o lugar do negro na TV. Houve avanços nesses 40 anos?

Não só ela, mas Zezé Motta, Leia Garcia, Chica Xavier, Neuza Borges, Milton Gonçalves, Haroldo Costa, Jorge Coutinho. São vários nomes que estão presentes na minha alma. Dona Ruth começou a carreira de atriz quando a mulher negra não era nem vista como gente. Se hoje eu estou falando com você, é porque esses passos foram dados. É importante que a gente valorize, entendendo que vemos mais negros presente na cena, mas é preciso se ater de que forma estão presentes.

Conseguimos alçar muitos voos, mas precisamos de mudanças, porque ainda tem um perfil determinado para nós. Você vê a pluralidade de pessoas brancas, magras, altas, gordas, baixas. E quando são pessoas negras, há um padrão de aceitação estético.

Quando você interpretou Chica, na novela Sol Nascente (2016), a roupa dela como noiva tinha referências africanas. Você sentiu o impacto de levar a cultura negra às telas?

Para quem está assistindo, é um ganho gigantesco. Abre um leque de possibilidades, de identificação. Quisera eu assistir a uma novela tempos atrás e ver com normalidade e beleza algo assim, não como algo excepcional. Foi um casamento com características de uma cultura a qual pertenço. Imagina a mudança que isso faz na cabeça de uma pessoa em transformação. É ver que existe, alguém pode dizer “olha, meu cabelo, a roupa que eu vejo minha tia usando às vezes, a música que eu escuto na minha casa”. A arte é como um espelho da realidade e, se olhamos e há uma realidade filtrada, você está vendo pela metade.

No caso da Chica, era para ser um casamento de matriz afro-brasileira. Sugeri colocar algo com raiz, com uma pesquisa da cultura jejê, porque os negros que não comungavam da mesma religião poderiam ter um distanciamento, ou poderia cair em um estereótipo. E aí, vimos a questão do tecido, de tudo. Quando a gente se propõe a uma mudança como um todo, coletivamente, quando se entende que o problema também é seu, isso acontece. A pessoa branca não vai falar por mim, mas vai falar do lugar de fala dela.

No mesmo dia em que saiu o Falas Negras, ficamos sabendo da morte de Beto Freitas, no Carrefour. De que forma você vê a relação das histórias do especial com a realidade?

É triste ver o quanto a gente precisa caminhar. Em 2020, ver negros serem assassinados na frente de todo mundo… É muito doloroso ver o eco de 1600 ainda reverberando em 2020. É difícil mudar um pensamento de quatro séculos, tempo da escravização no Brasil, em pouco mais de 130 anos. Serão necessários mais quatro séculos para isso.

Matéria Original:
Nathália Geraldo De Universa 23/01/2021 04h00 – https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2021/01/23/tatiana-tiburcio.htm

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Jay-Z e Roc Nation supostamente envolvidos no show do intervalo do Super Bowl LVII de Rihanna

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Faltando apenas algumas semanas para a apresentação do Super Bowl Halftime Show de Rihanna em Glendale, Arizona, agora temos uma pista de quem mais pode estar vindo para se juntar à diversão – e não é outro senão o proprietário da gravadora Roc Nation. Jay-Z.

Conforme a CaptialFM, Jay e Roc Nation colocarão todo o seu peso na próxima apresentação de Rih, embora os detalhes específicos permaneçam no mínimo. Vendo como Rih assinou contrato com a Roc Nation, e Jay e sua gravadora atuam como estrategista de entretenimento de música ao vivo da NFL, será interessante ver que tipo de paradas e acrobacias surpresa eles farão em fevereiro.

O cantor do Anti está se preparando profundamente para o grande dia. Além de lançar uma edição limitada da linha Savage X Fenty Game Day Edition que apresenta moletons, camisetas, bonés e moletons, Rih também lançou um teaser trailer logo antes do feriado de Martin Luther King Jr. em sua expectativa.

No clipe de apenas 30 segundos, você ouve uma mistura de vozes falando sobre quanto tempo se passou desde que recebemos uma nova música do cantor de “Lift Me Up”. Simultaneamente, Rih é vista andando e se movendo sem esforço enquanto ostenta um intrincado penteado trançado e um longo casaco de pele verde que só ela poderia usar. E em um ajuste mais próximo, ela coloca o dedo nos lábios, essencialmente “shh-ing” a conversa enquanto seu hit de 2016 “Needed Me” toca sobre o logotipo do Apple Music Super Bowl Halftime.

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Pantera Negra: Wakanda Para Sempre inspira os jovens a verem a si mesmos e seus futuros sob uma nova luz

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O último capítulo da saga do Pantera Negra da Marvel Studios, “Pantera Negra: Wakanda Para Sempre”, fez mais do que apenas lotar os cinemas – influenciou positivamente milhões de jovens negros em todo o país. 

O filme colocou a excelência negra na tela grande em exibição total para crianças negras, procurando ver sua semelhança e imagem misturadas com o reino dos super-heróis, de acordo com especialistas em comportamento. 

Makungu Akinyela, um terapeuta familiar licenciado e professor de estudos africanos em Atlanta, disse que o filme teve um efeito impressionante sobre os negros. 

“A ideia de um herói ou mitologia deu não apenas às crianças negras, mas também aos negros algo saudável para suas imaginações”, disse Akinyela, quando perguntado sobre o impacto positivo da representação negra em Black Panther: Wakanda Para Sempre. “Deu bons princípios: não seguir com vingança e pensar na comunidade e não apenas em si.” 

“Pantera Negra: Wakanda Para Sempre” causou impacto nos telespectadores não apenas nos Estados Unidos, mas em todo o mundo. Apresentando um elenco predominantemente negro como personagens poderosos, influentes, inteligentes e intrigantes – não é de admirar que as pessoas tenham tanto a dizer sobre o filme.

A representação – especialmente no cinema – é importante para a próxima geração de jovens mentes negras porque promove uma maneira saudável de se identificar, simultaneamente, em que proporciona um sentimento de pertencimento, importância e autoconsciência positiva para o presente e o futuro, ela e outros terapeutas disse. 

Akinyela disse que, como um “baby boomer”, filmes com personagens negros tão dinâmicos – como os vistos em Pantera Negra – não existiam para estimular sua mente. Ele começou a se voltar para os heróis da realidade ao seu redor: direitos civis e ativistas do poder negro dos anos 60 e 70. 

“Muitas dessas histórias em quadrinhos do Pantera Negra foram desenvolvidas e inspiradas pela ascensão da comunidade negra”, disse Akinyela. “É daí que muitas dessas ideias são geradas.” 

De fato, é impossível ignorar a conexão entre a criação dos quadrinhos do Pantera Negra, lançados pela primeira vez em 1966, e o Partido dos Panteras Negras dos anos 60 e 70. 

A história em quadrinhos do Pantera Negra era uma plataforma para crianças e adultos aproveitarem as normas e ideologias políticas, sociais e culturais da época em forma de história em quadrinhos.

Akinyela disse que o filme mostrava personagens negros “trabalhando juntos e comprometidos uns com os outros e principalmente com seu povo”. 

Pantera Negra: Wakanda Para Sempre, ofereceu muitas lições, para incluir a importância da liderança sólida, da comunidade e da força triunfante e do espírito da comunidade negra. 

O filme inspirou escolas nos Estados Unidos a levar seus alunos para ver o filme. 

A educadora, Yulanda Weems, falou sobre como Pantera Negra: Wakanda Para Sempre inspirou a juventude negra em sua comunidade. 

“Muitas dessas crianças realmente precisam de modelos e influências mais positivas”, disse Weems. “Muitos de nossos filhos não entendem seu potencial e pensam que a única coisa que podem fazer é rap, produzir música e praticar esportes. Espero que ver este filme abra seus olhos para ver que as pessoas que se parecem com eles conseguem realizar grandes coisas.” 

“Nossos alunos realmente precisam de saídas mais positivas e desafiadoras”, continuou ela. “Espero que este filme seja o início de algum tipo de mudança para os filmes negros para crianças e adultos. Nossos alunos normalmente não veem ‘nós’ nesses tipos de funções regularmente. Espero que isso os inspire a querer se tornar mais.”

Akinyela disse que sente que o filme afetará as mentes das meninas em particular, que podem ver a personagem Shuri não apenas como uma princesa que é uma cientista inteligente – mas agora como a nova Pantera Negra. 

Dream Jordan é apenas uma das centenas de estudantes que viram o filme como parte de um evento patrocinado pela United Way of Central Maryland e o Propel Center for Baltimore City Public Schools. 

“Como uma mulher negra na América, ‘Pantera Negra’ tem muitos significados”, disse Jordan, em sua resposta escrita ao filme. “No entanto, meu significado é força, poder e beleza. Como uma mulher de pele escura, não é sempre que vejo garotas de pele escura no poder ou percebidas como mulheres bonitas. 

“Pantera Negra me mostra confortável em minha pele, independentemente do que os outros percebem como beleza.”

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Museu homenageará o traje de Pantera Negra de Chadwick Boseman em nova exposição

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Uma nova exposição que estreia na próxima primavera no Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana do Smithsonian (NMAAHC) celebrará o traje do herói Pantera Negra de Chadwick Boseman.

“Afrofuturism: A History of Black Futures”, estreia em 24 de março de 2023 e apresenta o equipamento icônico do falecido ator.

O Pantera Negra é considerado o primeiro super-herói de ascendência africana a aparecer nos quadrinhos americanos convencionais, e o filme é a primeira grande produção cinematográfica do personagem.

“Investigando a expressão afro futurista por meio da arte, música, ativismo e muito mais, esta exposição explora e revela o envolvimento histórico e comovente do afrofuturismo com a história e a cultura popular afro-americana”, escreveram os funcionários do Smithsonian em um comunicado à imprensa.

“Do olhar escravizado para o cosmos em busca de liberdade, passando por histórias populares de ficção científica que inspiraram astronautas negros, até a influência musical de Sun Ra, OutKast, P-Funk e muito mais, esta exposição cobre o amplo e impactante espectro do Afro futurismo.”

Através da exposição temporária de 4.300 pés² (1,31 km²), os visitantes verão uma variedade de objetos dos pioneiros do afrofuturismo, incluindo a máquina de escrever de Octavia Butler, o uniforme de Star Trek de Nichelle Nichols como o personagem tenente Nyoto Uhura e o traje inspirado no traje espacial de Nona Hendryx usado durante a apresentação com LaBelle.

A exposição também utiliza objetos selecionados para elevar histórias a falar sobre a libertação negra e a igualdade social, como o traje de voo de Trayvon Martin da Experience Aviation e seu sonho de infância de ser um astronauta.

“O traje de voo de Trayvon Martin conta a história de um sonho de voo espacial que terminou tragicamente com a violência terrestre”, disse Kevin Young, Andrew W. Mellon, diretor do Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana.

“Estamos honrados em contar mais sobre a história de Trayvon, explorando seu amor pelo voo e pela mecânica e seu gosto pela ciência e tecnologia. O afrofuturismo representa a alegria de um futuro rico e imaginado, muitas vezes diante da injustiça”.

Desde sua inauguração em 2016, o NMAAHC tem apoiado conversas, arrecadações e iniciativas em torno do Afrofuturismo.

“Afrofuturism: A History of Black Futures” estará em exibição na Galeria de Exposições Especiais do Bank of America do museu de 24 de março de 2023 até março de 2024.

Para obter mais detalhes sobre a nova exposição e se inscrever para atualizações adicionais, visite o site Afrofuturism do museu em

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