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Você já deve ter assistido o filme “Em busca da felicidade”, de 2016, com Will Smith. Nesse filme, conta a história de um pai solteiro que, após a partida de sua esposa, e com dificuldades financeiras, tenta criar seu filho sem que ele sinta o peso da fome, pobreza e humilhação.
A história que passa no filme faz, de longe, a gente chorar. Pela atuação de Will Smith, conseguimos sentir a dureza que é ter a vontade de fornecer qualidade de vida para seu filho e, ao mesmo tempo, manter a calma para que a criança não enxergue em seu pai a desistência, a tristeza ou o fracasso.
Ainda que nas telinhas não consigamos ver ou entender diretamente os obstáculos reais que acontecem, podemos ter uma dimensão de como é criar filhos sozinho, pensando na perspectiva do pai. Bem sabemos que o mais comum é que a mãe acabe sozinha, mas quando o pai é viúvo, podemos explorar outras definições de sofrimento e dificuldade.
Mas por que falar sobre isso? Justamente porque é algo pouco discutido e pelo histórico de homens em seu papel paternal, não há grandes habilidades comuns nessa situação. Por isso, acaba acontecendo um despreparo maior quando se trata de pais viúvos. Principalmente porque, socialmente, a imagem do homem não é associada a tamanho sentimentalismo.
Dessa forma, pela realidade negligenciada na cabeça da maioria, os pais viúvos passam por dificuldades sem reclamar muito e o silêncio é quase que um voto de castidade verbal. De certa forma, quando pais estão presentes, eles tentam, ao máximo, minimizar os impactos do mundo sobre seus filhos, por saberem que há uma grande luta no caminho do amadurecimento e da estabilidade financeira e emocional.
Atualmente, existem programas que auxiliam pais viúvos nessa tarefa, transmitindo conhecimento suficiente para que eles lidam com as intempéries do preconceito, racismo, subestimação e outros fatores negativos que atacam diretamente a libido do homem sobre sua vontade de viver mais e de forma mais qualitativa.