Tempo de leitura: 3min25seg
Uma das principais fundadoras do Movimento Negro Unificado (MNU), Lélia Gonzalez foi uma das vozes da reflexão durante a insurgência do MNU, sendo uma das pioneiras no estudo sobre Cultura Negra no Brasil, bem como, foi co-fundadora do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras do Rio de Janeiro, e Olodum, além de seu extenso curriculo como autora, política, professora, filósofa e antropóloga.
A mineira Lélia Gonzalez faleceu antes dos seus 60 anos, no entanto seu legado e história foram mantidos vivos a partir de suas contribuições nacionais enfrentadas com coragem, responsabilidade e múltiplas inteligências, as quais Gonzalez soube articular em prol da sua causa.
Após sua morte, Lélia deu nome a prédios públicos, foi homenageada por escolas de samba e teve um de seus trabalhos usados como inspiração pelo dramaturgo Márcio Meirelles em uma de suas grandes obras.
Seu nome é título de grandes prêmios nacionais e já foi mencionado pela grande filósofa norte-americana Angela Davis como sendo uma referência mundial nas discussões raciais: “Por que vocês precisam buscar uma referência nos Estados Unidos? Eu aprendo mais com Lélia Gonzalez do que vocês comigo”, afirmou.
Diante de extensa relevância, cabe ao povo brasileiro o reconhecimento de que seus nomes e vozes atingem o mundo com grande impacto, especialmente em causas tão vivenciadas por essa população. Dar ouvidos a discursos e causas como as de Lélia Gonzalez é um dos grandes passos para a consciência das desigualdades e ações para a implementação de uma sociedade mais justa e igualitária.