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Você já deve ter ouvido esse termo em algum lugar na internet e, mais recentemente, o assunto tem entrado em voga por se tratar de algo ofensivo e racista.
Blackface vem do teatro e é uma forma de manifestar a descendência afro de forma pejorativa. Os atores pintam o rosto de preto para simbolizar e criam personagens através do exagero no estereótipo da etnia.
Não é de hoje que práticas como essa acontecem, pois são resquícios de um longo período de escravatura e longos ataques à etnia afrodescendente. Levou muito tempo para a sociedade enxergar seus erros e, hoje em dia, muita coisa foi transfigurada em sua linguagem e comportamentos para alimentar atitudes racistas.
“Chamando-o de “máscara do negro” da Commedia Dell’Arte, passando ou não por Othello de Shakespeare, até consolidar-se nos shows de menestréis estadunidenses do início do século XIX, o blackface foi amplamente utilizado por comediantes que tiravam risos do seu público-alvo – a aristocracia branca escravocrata – ao representar a negritude de forma distorcida, exagerada e jocosa. Na segunda metade do século XX, o blackface caiu em desuso e se transformou em instrumento de combate ao racismo.”
Rebeca Campo Ferreira no JusBrasil
Um caso que marcou bastante foi o de Michel Teló, em 2017. O artista postou uma foto em suas redes com a cara metade pintada de preto, algo bastante ultrajante e demonstra como, no Brasil, questões racistas são tratadas, de acordo com a classe social. Para os que detém maior poder aquisitivo, muita coisa é só “cultura”.
